Uma realidade chocante que assola o Paquistão parece não repercutir como deveria na grande mídia. Se trata do número alarmante de meninas cristãs que são sequestradas, estupradas e forçadas a se casar com muçulmanos, todos os anos.
Recentemente, por exemplo, uma jovem de apenas 15 anos, chamada Neha Pervaiz, contou detalhes de como conseguiu escapar de um sequestro, onde chegou a ser espancada e estuprada por seu “marido” muçulmano.
“Fui levada por minha tia, uma muçulmana convertida, para sua casa em 28 de abril para ajudá-la a cuidar de seu filho doente”, disse Pervaiz à Uca News, uma agência que cobre exclusivamente notícias católicas na Ásia, segundo informações do portal Christian Post.
“Mas lá me pediram para casar com um muçulmano chamado Imran. Quando recusei, eles me espancaram e ameaçaram matar meu irmão menor, que estava comigo”, disse a adolescente.
O homem de 45 anos levou a jovem para uma sala e lhe estuprou. Depois os locais organizaram um casamento forçado da adolescente com o muçulmano, também obrigando Neha Pervaiz a se converter ao islamismo.
Felizmente, a jovem cristã conseguiu fugir do seu cativeiro em 5 de maio, com a ajuda da própria filha do seu sequestrador. Casos como o de Pervaiz infelizmente são comuns em países como o Paquistão, onde a população é composta por 96% de muçulmanos.
Segundo informações da ONG Movimento de Solidariedade e Paz, entre 100 e 700 meninas cristas são sequestradas, estupradas e forçadas a se casar com muçulmanos no Paquistão, todos os anos. Essa realidade foi confirmada pelos Estados Unidos este ano.
“A conversão forçada de mulheres jovens hindus e cristãs ao islamismo e ao casamento, muitas vezes por meio de trabalho forçado, continua sendo um problema sistêmico”, alertou a Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos EUA em seu relatório anual de 2019.
“Várias instituições independentes, incluindo a Comissão Nacional de Justiça e Paz e a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, reconhecem que cerca de 1.000 jovens são forçadas a se converter ao islamismo a cada ano”, diz o documento.