Mais um caso de ataque aos cristãos por intolerância religiosa e fanatismo chamou atenção da imprensa internacional este mês, após um homem de 22 anos segurando o alcorão, livro considerado sagrado pelos muçulmanos, e uma “lâmina afiada”, invadir uma igreja e atacar os fiéis que estavam nas instalações do templo, gritando “Alá é grande”.
O ataque ocorreu em Cairo, capital do Egito, no último dia 11. O agressor invadiu o templo cristão, indo para uma sala de fabricação de pães. Ele agrediu o padeiro e outro homem que tentou impedir o ataque.
A organização International Christian Concern informou com base nos relatos da polícia local que o criminoso portava uma “lâmina afiada” e segurava o alcorão. Apesar da descrição feita pelas testemunhas, a imprensa está tratando o agressor como um “doente mental”, o que causou indignação entre os cristãos do país.
Uma publicação cristã local disse que “a mídia usa palavras que não revelam a verdade. Agora descobrimos que este era um homem jovem, não um velho. Além disso, ele estava segurando um Alcorão e uma ferramenta afiada enquanto atingia algumas pessoas em suas cabeças”.
Ao que parece, a intenção das autoridades é amenizar a situação para não criar pânico na comunidade cristã local. “O papel da mídia é revelar a realidade e não esconder informações para que os cristãos se acalmem”, acrescenta o jornal.
A preocupação de que o agressor não seja punido e que o crime abra precedente para outros ataques é real, segundo um morador local, identificado como Majeed. “É horrível demais. Não posso imaginar que devamos nos adaptar a esses incidentes. Mentiras, mentiras e mentiras… Tenho certeza de que esse criminoso não será punido”, disse ele.
Apesar do agressor ter sido identificado e detido, Claire Evans, gerente regional da International Christian Concern, disse que verdadeira natureza do crime precisa ser exposta.
“Não é incomum as autoridades egípcias afirmarem que algo além do extremismo islâmico impulsiona os incidentes menos divulgados de perseguição”, disse ela, segundo o portal The Christian Post.
“A situação em torno dos cristãos do Egito não vai melhorar a menos que haja honestidade em confrontar por que esses tipos de incidentes acontecem. Devemos continuar a manter os cristãos do Egito em nossas orações”, conclui.