Apesar do mundo estar enfrentando o que muitos especialistas já consideram a pior pandemia do século, os cristãos continuam lidando com outro grande problema: a perseguição religiosa. É o que continua acontecendo, por exemplo, na Índia.
Um cristão chamado Babu Phinegas, e sua esposa Esther, vivenciaram dias de pânico quando foram atacado por hindus extremistas, simplesmente porque estavam distribuindo panfletos sobre o Evangelho de Jesus Cristo no distrito de Vellore.
Na Índia, alguns praticantes do hinduísmo têm se radicalizado. Boa parte disso vem acontecendo por causa do crescimento de ideologias ultra-nacionalistas no país, especialmente no âmbito político, com partidos que pregam a “pureza” da cultura indiana.
O cristianismo, portanto, assim como outras religiões e minorias de culturas distintas, é visto pelos radicais como uma cultura estranha, invasora, não pertencendo ao seu país, muito embora tal visão não tenha qualquer respaldo histórico.
No caso do ataque sofrido pelo casal cristão, foram os membros dos grupos Rasthriya Swayamsevak Sangh (Hindu Munani) e Hindu Munani os responsáveis pelos ataques. Eles chegaram a reunir cerca de 50 pessoas para hostilizar os seguidores de Cristo, segundo informações do Premier.
“Nada está sendo feito visivelmente para proteger os direitos das minorias religiosas, incluindo os cristãos que estão neste país há tantas gerações”, disse o pastor C. J. Zeba, coordenador da Rede Cristã de Tamil Nadu.
Como são pacifistas e lidam de forma natural com pessoas de outras religiões, os cristãos terminaram se tornando vítimas da intolerância dos radicais, que aparentemente não dão uma trégua nem mesmo durante a luta contra o novo coronavírus.
“Os cristãos se tornaram muito vulneráveis a ataques, abusos e intimidações. O espaço para praticar e falar sobre sua fé ficou tão reduzido, particularmente agora com uma crescente cultura de intolerância perpetrada pelos hindus Munani e pelo RSS”, concluiu o pastor C. J. Zeba.