A consolidação do modo de vida LGBT na cultura popular ganhou um novo capítulo recentemente, quando uma organização militante iniciou um movimento para exigir que se torne regra que um a cada cinco personagens em programas de TV sejam homossexuais e/ou afins.
O grupo Gay and Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD) divulgou um documento intitulado “Onde estamos na TV” afirmando francamente que “a presença de personagens que se identificam como LGBT nos programas de televisão é fundamental para mudar corações e mentes na cultura”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, a meta da militância LGBT é que até 2025 os programas de entretenimento na TV tenham 20% de seus integrantes formados por integrantes da minoria sexual.
Citando uma pesquisa online feita com 2.037 adultos, o documento diz que um quinto dos norte-americanos com idades entre 18 e 34 anos e 12% de todos os adultos entrevistados se identificam como LGBT ou “outras categorias não heterossexuais”.
A ativista Sarah Kate Ellis, presidente da GLAAD, afirmou que aproximadamente “um quarto dos americanos tem um amigo íntimo ou membro da família que é transgênero”, valendo-se de um malabarismo com dados para argumentar que a maioria das pessoas “aprendem sobre pessoas trans com o que veem na televisão, filmes e notícias”.
O jornalista Brandon Showalter comentou que “o relatório de mídia da GLAAD reflete mais a percepção de alguns sobre as porcentagens de pessoas identificadas como LGBT, do que os números reais de organizações de pesquisa respeitáveis”.
Em junho, o respeitado instituto de pesquisa Gallup publicou os resultados de uma pesquisa na qual os entrevistados foram convidados a dar o seu melhor palpite sobre quantos americanos eles acham que são gays ou lésbicas, e o relatório apontou que uma forte maioria dos norte-americanos continua superestimando as porcentagens por uma margem significativa.
Em média, as pessoas acreditam que 23,6% da população é LGBT; Pouco mais de um terço dos entrevistados declararam acreditar que o percentual seria superior a 25%; 19% estimaram o número entre 20 e 25%; e 10% dos entrevistados calculavam entre 15 e 2% da população.
Apenas 8% dos entrevistados imaginaram com precisão que a porcentagem de homens e mulheres que se identificam como gays ou lésbicas fica abaixo de 5%.
Um estudo divulgado em 2017 pela própria Gallup, feito com uma grande amostra aleatória – composta por mais de 340.000 adultos dos EUA – entrevistada por telefone constatou que apenas 4,5% da população se identificou como LGBT, ressaltando que trata-se de uma minoria, indiscutivelmente.
“A porcentagem de [pessoas] das Gerações X e Y que se identificam como LGBT aumentou de 7,3% para 8,1% de 2016 a 2017, saindo de 5,8% em 2012”, destacou o Gallup.
Mesmo com informações que mapeiam a presença LGBT na sociedade, a participação de personagens identificados na minoria sexual continua crescendo, seja em filmes ou em programas de televisão, voltados para todos os públicos, incluindo crianças pequenas.
Os programas infantis Arthur e My Little Pony mostraram cenas de união entre pessoas do mesmo sexo em episódios do começo deste ano. Em 2017, o popular desenho Star vs. as Forças do Mal, da Disney Channel, mostrou casais homossexuais se beijando em uma cena de um show musical. Nesse mesmo ano, a série infantil – também da Disney – Andi Mack apresentou um personagem de 13 anos que “sente que ele é gay” e se assume para seus amigos.