A marca de cosméticos Avon vem promovendo o documentário Repense o Elogio, em que orienta pais, mães, familiares e amigos em geral a não elogiar meninas como “princesas”. O trailer exibido no canal da empresa no YouTube tem, até agora, 70 mil reprovações, contra apenas três mil curtidas.
Elogiar uma menina como princesa é algo tão intenso na cultura da família brasileira que até o Diante do Trono criou uma canção infantil, chamada Aos Olhos do Pai, se valendo dessa tradição. “Você é linda demais / Perfeita aos olhos do pai / Alguém igual a você não vi jamais / Princesa linda demais / Perfeita aos olhos do pai”, dizem os versões da música cantada em milhões de lares com meninas na fase da infância.
A primeira aparição na grande mídia do documentário Repense o Elogio se deu na fatídica reportagem do Fantástico, da TV Globo, em que a ideologia de gênero foi apresentada como “brincadeira de criança”. Na ocasião, a diretora do filme, Estela Renner, criticou quem tem uma filha e a chama de princesa, pois considera uma forma de estabelecer estereótipos.
A Avon é uma empresa de produtos cosméticos populares, e o endosso ao documentário vem sendo reprovado pelos usuários. No entanto, essa não é a primeira vez que a empresa cede à pressão do politicamente correto: em 2012, um grupo de ativistas gays pressionou a marca a remover os livros do pastor Silas Malafaia de seus catálogos de produtos.
Na ocasião, houve inclusive um ponto de tensão entre o pastor Silas Malafaia e os portais cristãos brasileiros, a quem o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo acusou, à época, de estarem a serviço da militância LGBT. No entanto, o Gospel+ havia apurado junto à Avon e recebido a informação de que os livros de Malafaia haviam sido retirados do catálogo por tempo indeterminado.
Agora, a Avon demonstra que a pressão feita pelos ativistas gays há cinco anos teve resultado, já que a empresa além de ter banido livros de um dos principais formadores de opinião evangélicos de seu catálogo, agora abraça a agenda LGBT da ideologia de gênero, apresentada como um pensamento “progressista”.
[ATUALIZAÇÃO 25/10]
A empresa deletou o primeiro vídeo de seu canal, e publicou outro, com o mesmo conteúdo, como forma de driblar as políticas do YouTube para materiais com reprovação alta do público. No primeiro player, abaixo, é possível notar que o vídeo não está disponível, e no segundo, há a republicação do polêmico trailer do documentário Repense o Elogio: