O presidente Jair Bolsonaro visitou a cidade de Chapecó (SC) na manhã desta quarta-feira, 07 de abril, e falou sobre o julgamento que o STF fará para decidir se cultos e missas, além de outras cerimônias religiosas, podem ser realizadas no país durante o momento de pandemia.
Bolsonaro foi a Chapecó para cumprimentar o prefeito local, João Rodrigues (PSD), que adotou um protocolo amplo na cidade, com testagem rápida para pessoas com sintomas, liberdade para médicos e pacientes decidirem sobre qual abordagem de tratamento imediato e um acompanhamento para cuidar de eventuais sequelas.
Como resultado da iniciativa, disse o prefeito em entrevista à rádio Jovem Pan, o número de novas internações despencou e os leitos semi-intensivos da cidade estão quase todos desocupados.
Ao saber da medida de grande abrangência tomada pelo prefeito, o presidente da República decidiu visita-lo para que o exemplo da cidade fosse repercutido e seguido por outros municípios. O evento foi transmitido pela TV Brasil ao vivo.
Durante seu discurso, Bolsonaro mencionou o trabalho desenvolvido pelas igrejas junto à população, e reiterou sua compreensão de que os templos devem permanecer abertos: “Além do vírus, teremos outro problema: o desemprego, leva à depressão, que leva à falta de esperança, leva a que outras doenças sejam agravadas. Parece que no Brasil só tem covid, acabaram as outras mortes, os outros sofrimentos. Não”, introduziu.
“90% da população, um pouco mais, acredita em Deus. Está previsto [para] daqui a pouco, o Supremo Tribunal Federal julgar a liminar do ministro Kassio Nunes. Ou que a liminar seja mantida, ou que alguém peça vistas, para que nós possamos discutir um pouco mais a abertura, ou não, de templos religiosos”, afirmou Bolsonaro.
Em seguida, o presidente concluiu seu raciocínio a respeito da importância dos cultos e missas: “Qual o último local que alguém procura antes de praticar suicídio, que aumentou em muito no Brasil? São as igrejas. Quem não é cristão, que não vá. Mas não queiram tirar a liberdade, o direito, de quem quer procurar um pastor, um padre”.
Por fim, Bolsonaro alfinetou seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro: “Estou muito feliz de estar aqui. Agradeço a Deus pela segunda vinda e pela missão de conduzir os destinos do nosso querido Brasil. […] Coragem para decidir e dizer lá na frente: ‘eu fiz o melhor de mim, não pensei em consequências para si próprio ou na minha biografia’. […] Creio em Deus que brevemente estaremos livres disso tudo”.
Confira a íntegra do evento em Chapecó:
