O apóstolo Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) seria um dos nomes que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estaria cogitando para assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) nas próximas eleições.
Líder da igreja Projeto Vida Nova, Teixeira protagonizou, recentemente, uma manobra política engendrada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), para conter o avanço do impeachment de Dilma através da nomeação do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) como líder da bancada do partido.
Pezão nomeou Teixeira como secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, para assim, licenciado de seu cargo, dar vaga ao suplente Átila Alexandre (PMDB-RJ), aliado de Picciani, que é apoiador de Dilma na Câmara.
Logo após ser nomeado secretário, Teixeira ganhou a antipatia de militantes LGBT, por sua postura contrária à ideologia de gênero e à prática homossexual. Seu mandato à frente da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos durou pouco mais de dois meses, pois o apóstolo foi demitido pelo governador tão logo Picciani foi reconduzido à liderança do PMDB na Câmara.
Agora, com a possibilidade de ser apoiado por Cunha para a CDHM, o integrante da bancada evangélica passou a ter seu nome associado ao do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que já dirigiu a comissão anos atrás, sob intensos protestos.
“Uma das opções de Eduardo Cunha para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é o pastor Ezequiel Teixeira (foto), defensor da ‘recuperação espiritual’ de gays”, informou o jornalista Guilherme Amado, de O Globo, em uma matéria em que o título, “Marco Feliciano 2, a missão”, denota a pouca tolerância da mídia à visão dos líderes evangélicos sobre a homossexualidade.