O cristianismo na Índia enfrenta dias ainda mais difíceis na atualidade, pois além da pandemia do novo coronavírus que já atinge o país, a perseguição religiosa praticada por radicias hindus continua existindo com níveis de brutalidade ainda mais altos.
Em um dos casos mais recentes, um cristão chamado Kama Sodi, de 30 anos, foi brutalmente espancado por um grupo de 60 radicais hindus. O nível de agressividade foi tão intenso que o homem entrou em coma, ficando em estado de quase morte.
A esposa de Sodi e seus dois filhos estava no momento da agressão. Ela contou que o grupo de radicias hindus invadiu a residência do casal. Eles o agrediram com pedaços de madeira.
“As crianças e eu tentamos acordá-lo, pensávamos que ele havia desmaiado, mas não houve resposta”, disse Bhimeshwari Sodi ao Morning Star News. “Gritamos por ajuda, mas não havia ninguém para nos ajudar. Os vizinhos disseram que ele estava morto”.
Aparentemente, Sodi e a sua esposa já vinham sofrendo perseguição religiosa pelo grupo de radicias hindus. A mulher relatou que certo dia eles também foram ameaçados por que estavam fazendo orações dentro da própria casa, na vila de Kodalmetla, no estado de Odisha, distrito de Malkangiri.
“Eles atacaram pela primeira vez na noite anterior”, disse a esposa, Bhimeshwari Sodi. Felizmente a mulher conseguiu proteger os filhos e a si mesma, pois caso contrário toda a família de cristãos poderia ter sido covardemente agredida pelos radicais.
“Consegui proteger meus dois filhos pequenos do espancamento, mas meu marido estava preso”, disse a mulher de 26 anos. “Eles estavam o espancando com muita brutalidade.”.
A violência contra os cristãos na Índia ocorre dentro de um contexto religioso e político. Partidos ultranacionalistas ganharam força no país em 2019, elevando o radicalismo ideológico em nome do que chamam de “purificação nacional”.
Religiões como o cristianismo e também o islamismo, entre outras, são vistas como invasoras, sendo o hinduísmo – doutrina que acredita na reencarnação das almas e em milhões de deuses distintos – a única prática de devoção espiritual permitida pelos grupos extremistas.