A perseguição religiosa aos cristãos no Uzbequistão assume contornos de intolerância governamental. Ex-integrante da extinta União Soviética, onde o regime comunista perseguiu e assassinou milhares de pessoas discordantes da ideologia política, apesar do país ser o único da Ásia Central que possui uma Sociedade Bíblia oficialmente aberta, o controle exercido pelo Estado faz com que essa entidade exista apenas no papel e a liberdade de culto seja incerta.
Diversos casos que vieram à tona nos últimos dias comprovam essa realidade, onde denúncias de cristãos sendo perseguidos, multados e até torturados, simplesmente por carregarem suas bíblias e outros materiais cristãos, explicam o motivo do Uzbequistão ocupar a 16ª da lista de perseguição religiosa mundial, publicada anualmente pela organização Portas Abertas.
O pastor Ahmadjon Nazarov é uma das testemunhas da intolerância religiosa contra os cristãos no país. Ele chegou a ser preso no ano passado, após ter o culto invadido por policiais. Além das agressões, os equipamentos eletrônicos utilizados pela igreja foram quebrados.
Nazarov também contou que mulheres estão sendo intimidadas pelos policiais, como Shakhzoda Rajabova, uma cristã que teve vários pertences tomados em dezembro passado e recebido uma multa, apenas por ter livros cristãos. Ela está sendo processada pelo fato e apesar de recorrer, teve sua apelação negada sem maiores justificativas.
Outra testemunha é Sharofat Allamova, que já em abril desse ano (2018) também recebeu uma multa por ter livros cristãos em casa. Até o seu aparelho celular foi confiscado pelas autoridades, segundo uma publicação do Fórum 18.
A Portas Abertas perde aos irmãos em todo mundo que orem para que a Sociedade Bíblia possa atuar de forma livre e que as igrejas fiquem unidas, pois o governo utiliza a divisão para enfraquecer o cristianismo no país, e para que o Espírito Santo quebrante os corações dos que vão ouvir o evangelho.