O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR-RJ), e sua esposa, Rosinha Matheus (PR-RJ), também ex-governadora, foram presos em um desdobramento da Operação Chequinho no dia 22 de novembro, acusados de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.
O inquérito da Polícia Federal identificou que a JBS firmou contrato fictício com uma empresa para repassar R$ 3 milhões para a campanha derrotada de Garotinho ao governo do Rio, em 2014. Mesmo com todas as acusações contra o ex-governador, o bispo Marcelo Crivella (PRB), atual prefeito do Rio de Janeiro, saiu em defesa de Garotinho.
“O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão”, disse Crivella ao jornal Folha de S. Paulo. “Ele pode ter feito alguma bobagem na campanha. Mas garanto que ele e a Rosinha são muito honestos e estão sendo injustiçados”, reiterou.
O prefeito acredita que tudo não passa de “perseguição política” por causa da postura adotada pelo ex-governador: “Garotinho denuncia o PMDB todos os dias. É uma briga terrível. Aí as denúncias vêm. Duvido que ele e a Rosinha tenham saqueado o estado. Crime é superfaturamento. O resto é injúria, calúnia e difamação”, acrescentou.
Na última sexta-feira, 24 de novembro, Garotinho foi transferido para uma ala no presídio Bangu 8, de segurança máxima, após dizer que sofreu agressões na cadeia para onde tinha sido levado no dia anterior.
Agora, de acordo com informações do Jornal Nacional, da TV Globo, o ex-governador é vigiado 24 horas por dia através de câmeras e é mantido isolado dos demais presos.