O Estado Islâmico faz muitas ameaças simultâneas, e recentemente o maior líder do grupo terrorista no Egito reiterou que a perseguição aos cristãos copta será intensificada em breve.
Há um mês, às vésperas da Páscoa, os extremistas muçulmanos explodiram uma bomba em um templo cristão durante a celebração do Domingo de Ramos, matando 45 fiéis e ferindo outra centena.
Agora, o líder terrorista aconselhou os muçulmanos do Egito a evitarem circular em áreas que são frequentadas por cristãos, como templos, por exemplo, porque o Estado Islâmico irá atacar seus “alvos legítimos”, em referência aos seguidores de Jesus.
“Estamos alertando vocês para ficarem longe de encontros cristãos, bem como as reuniões do Exército e da Polícia, e as áreas que têm instalações políticas do governo”, anunciou o terrorista, sem se identificar, segundo informações da agência de notícias Associated Press.
O discurso de ódio foi reproduzido pelo portal muçulmano Al Naba, e rapidamente se tornou viral nas redes sociais usadas pelos egípcios. A ameaça se estende aos muçulmanos que não aprovam a perseguição aos cristãos copta, pois o Estado Islâmico os considera desviados da religião.
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“Esta é uma apostasia do Islã e eles têm que se apressar e se arrepender”, disse o terrorista, ultimando os egípcios a se juntarem à perseguição aos “infiéis”, como chamam os cristãos.
Sobre as autoridades do país, o líder do Estado Islâmico fez uma crítica à postura adotada, dizendo que eles têm praticado uma campanha contra o islamismo, com medidas “contraproducentes”, pois da forma como se portam, só “estimulam os mujahedeen” (soldados do grupo) a lutar pela visão extremista.