Um estudo curioso conduzido pelos pesquisadores David B. Newman, Norbert Schwarz, Jesse Graham e Arthur A. Stone, publicado no último dia 15 de junho na Social Psychological and Personality Science (Psicologia Social e Ciência da Personalidade), revelou que pessoas conservadores encontram maior sentido na vida do que os liberais.
“Esta é uma relação pequena, mas robusta, encontrada em 5 conjuntos de dados que incluem amostras representativas de 16 países; alguns dos dados foram coletados no início dos anos 80, alguns foram coletados em 2017 ”, declarou David Newman, da University of Southern California.
Newman foi o responsável por iniciar o estudo, se unindo aos demais estudiosos posteriormente. Eles perceberam que a diferença em relação aos anos (de 1980 para 2017) revela que há uma constância nos resultados, especialmente quando consideramos que os dados foram coletados em diferentes nacionalidades.
“O efeito sobre o significado da vida foi um pouco mais forte do que o efeito sobre a satisfação com a vida”, explica Newman, se referindo a um modo mais amplo que os conservadores possuem de enxergar a vida.
Ou seja, não se trata apenas de estar satisfeito com o momento, mas sim de encontrar um sentido maior, inclusive para o significado da própria satisfação.
A religião como influência
Newman explicou que apesar dos conservadores serem mais religiosos, o estudo procurou controlar essa influência. Sua equipe ainda pretende explorar mais a razão disso para tentar entender melhor os resultados sem o viés da religião.
“Uma questão que ainda precisa ser abordada é por que os conservadores encontram mais sentido na vida do que os liberais. Nossos resultados mostraram que isso não pode ser completamente explicado pelo fato de que os conservadores são mais religiosos do que os liberais”, disse ele, segundo o Psy Post.