O gesto de distribuir exemplares da Bíblia Sagrada em um shopping pode custar cinco anos da vida de um evangelista egípcio de 35 anos de idade. Ele foi “flagrado” oferecendo o livro sagrado e preso.
O caso, registrado no dia 06 de outubro de 2014, rendeu a Medhat Ishak 15 dias de prisão, inicialmente, sob a acusação de “incitar a luta sectária”. Porém, o juiz responsável, pode sentenciá-lo a até cinco anos de prisão, segundo informações do Christian Post.
A decisão final sobre o caso ainda será tomada, mas mesmo assim, Ishak já vem cumprindo uma pena maior do que a imposta inicialmente, por “prejudicar a segurança nacional” com o “crime de blasfêmia”.
Enquanto o caso corre na Justiça egípcia, ele está sendo mantido preso, há quase um ano. Os advogados do evangelista rebatem as acusações e dizem que seu cliente não cometeu nenhum crime.
A possibilidade de aumento da pena se dá porque os acusadores acrescentaram à lista de denúncias o crime de “insulto à religião”.
O advogado Rafik Rafaat contou que toda a confusão se deu porque Ishak se encontrou com um homem muçulmano no shopping, e embora ele não soubesse sobre a religião do homem, ofereceu-lhe uma Bíblia.
O homem, no entanto, recusou a oferta e explicou que praticava o islamismo. Segundo Rafaat, Ishak não insistiu, desculpou-se com o homem e deixou o local. “A palavra ‘blasfêmia’ significa que ele estava insultando a outra religião, mas ele não fez isso e não falou sobre o islamismo, profetas ou qualquer coisa assim para ser acusado de blasfêmia. Então, agora nós somos surpreendidos pelo procurador-geral, que acusou Ishak de blasfêmia quando ele não cometeu nenhum ato deste tipo”, frisou o advogado.