Anunciar o Evangelho de Jesus Cristo aos perdidos é uma ordenança bíblica dada pelo próprio Filho de Deus. No cumprimento desse dever, muitos cristãos acabam sendo vítimas de intolerância e discriminação religiosa, como ocorreu com o evangelista Michael Overd.
Michael foi condenado pela Justiça em 2015 por pregar nas ruas de Taunton, no condado de Somerset, na Inglaterra, contra o pecado da prática homossexual, conforme ensina a Bíblia Sagrada. Na época, a sua linguagem foi classificada como “ameaçadora”.
Por causa disso, sendo acusado de poder causar “risco ou dano significativo a terceiros”, Michael teve a sua liberdade de pregação restrita. Ele não podia, por exemplo, passar mais do que 20 minutos pregando no mesmo lugar.
“Isso me entristece, porque devemos ter o apoio da polícia. A polícia deveria nos ver como seus amigos, não como seus inimigos. Vivemos em um mundo de cabeça para baixo, de pernas para o ar, muitas vezes a justiça é chamada de mal e o mal é chamado de bem”, disse ele ao comentar a situação, segundo o Premier.
Uma nova decisão judicial, porém, concedeu o direito de Michael de voltar a pregar nas ruas do seu país. Mas para Andrea Williams, presidente-executiva do Christian Concern Legal Center, entidade que saiu em defesa da liberdade religiosa do evangelista, a intolerância contra os cristãos é uma ameaça real e cada vez mais preocupante.
“Acolhemos a decisão de hoje, mas o caso de Mike mostra que, a menos que nos levantemos pelos pregadores, há um risco real de que eventualmente eles venham para os cristãos ‘moderados’, os pastores que pregam e os cristãos comuns que falam com seus amigos sobre assuntos polêmicos”, disse Andrea.
Em outras palavras, ela quis dizer que se o direito à liberdade de pregação for restrito, os cristãos serão obrigados a vivenciar a fé cristã apenas em ambientes privados, dentro dos templos ou entre amigos, o que significa um claro cenário de discriminação, tendo em vista que nenhum outro grupo social possui tamanha restrição.