A intolerância religiosa parece não ter limites, bom senso ou qualquer noção de civilidade quando praticada em nome de algumas crenças. Essa realidade é bastante conhecida pelos cristãos que vivem no Paquistão, oficialmente conhecido como uma “República Islâmica”, país localizado ao Sul da Ásia.
Segundo informações da organização Internacional Christian Concern (ICC), que monitora casos de perseguição religiosa em várias partes do mundo, uma sucessão de ataques contra os cristãos no Paquistão têm revelado o quanto essa população está sofrendo para vivenciar com liberdade a sua fé em Jesus Cristo.
Um dos casos mais recentes ocorreu no dia 18 de agosto, com uma família chefiada pelo pai Alvin John. Ele e seus filhos foram espancados por se recusar a permitir que sua filha de 19 anos fosse forçada a se casar com um muçulmano.
“Eu mudei minha família para esta casa alugada há cerca de 10 meses”, disse John ao ICC. “No início, nos pediram para sair por conta de alguns vizinhos muçulmanos, devido à nossa fé cristã. Mas desde a Páscoa, fomos pressionados, ameaçados e provocados.”.
O patriarca contou que desde então os muçulmanos ficaram assediando moralmente a filha dele, fazendo propostas para o casamento mesmo sem a disposição da jovem.
“Minha filha de 19 anos, Aresha, tornou-se o alvo. Eles seguiriam minha filha nas ruas e nos mercados, oferecendo a ela um futuro brilhante e seguro se ela se convertesse e muitas vezes xingaram ela por sua fé cristã”, disse ele.
A família ainda tentou pedir a intervenção dos anciãos do bairro, para que eles evitassem o confronto dos mais radicais, mas não adiantou. A simples recusa do casamento forçado fez com que um grupo de muçulmanos atacasse covardemente a família.
“Uma multidão de muçulmanos, liderada por Muhammad Samad Zaheer, atacou a mim e minha família por volta das 11:00 da noite de 18 de agosto. Eles danificaram o olho esquerdo do meu filho, Vickram John. Inicialmente, os médicos não têm esperança sobre a sua visão”, disse John.
“Os agressores também quebraram a maior parte das coisas da casa, móveis, portas e janelas. Não podemos voltar para casa porque há agitação na vizinhança. Agora estamos nos abrigando com parentes”, acrescenta o pai de família, segundo o Christian Post.