O pastor e deputado Marco Feliciano (PODE-SP) pode voltar a ser o centro de uma disputa envolvendo um dos cargos de maior interesse dos partidos de esquerda no Congresso Nacional, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).
O partido de Feliciano estuda indicá-lo para a presidência da CDHM, após o mesmo já ter ocupado o cargo em 2013, quando foi alvo de um verdadeiro bombardeio da oposição, auxiliada por grande parte da mídia, que lhe acusaram de não ser capaz de assumir o cargo sob acusações de “homofobia” e “racismo”.
Na época, o passado de Feliciano foi revirado de ponta-cabeça por seus opositores, buscando informações que pudessem ser utilizadas para incriminá-lo ou, no mínimo, lhe difamar com o objetivo de tornar inviável a legitimidade moral da sua legislatura.
Entretanto, Feliciano resistiu e dessa vez, em 2019, caso eleito novamente para a presidência da CDHM, poderá contar com o apoio de um dos seus principais defensores na época do turbilhão em 2013, o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
Segundo o líder do Podemos, José Nelto (GO), Marco Feliciano já está ciente da possibilidade e manifestou desejo em querer presidir a Comissão. “Nós podemos pedir agora Direitos Humanos. O pastor Marco Feliciano quer presidir. A bancada vai avaliar ainda. Pode ser ele ou outro nome”, disse ele.
A outra possibilidade, segundo informações do G1, seria o colegiado de Educação, mas essa parece já estar descartada e deverá ficar sob o comando do PSDB.
Um dos maiores adversários de Feliciano na época em que assumiu a CDHM em 2013 foi o ex-deputado psolista Jean Wyllys, que decidiu sair do Brasil após a vitória de Jair Bolsonaro para a presidência do país, argumentando ter sofrido ameaças e ser agora um “refugiado político”.