Uma igreja adotou uma estratégia incomum para pregar a quem normalmente rejeita ouvir a verdade bíblica: alugou um espaço na fachada de um cinema e veiculou um anúncio com mensagem de alerta ao público em uma festa LGBT: “Depois vem a vergonha”.
A Igreja de Crentes da Bíblia (Lowell’s Bible Believers Church, no original), fica na cidade de Lowell, estado de Michigan (EUA), suscitou a ira da militância LGBT ao expor versículos bíblicos em um anúncio dias antes da “Parada Gay” local.
O anúncio na fachada do cinema Old Theatre em Lowell – cidade com uma população de cerca de 3.800 habitantes – foi uma ideia do pastor Josh Langdon. Ele afirmou que a congregação tomou a iniciativa para se posicionar contra a “agenda LGBT extrema que acreditamos ser antibíblica e prejudicial à nossa cultura”.
“É uma batalha intensa que acreditamos como igreja que os cristãos precisam enfrentar”, disse ele em entrevista ao portal The Christian Post.
O pastor acrescentou que a igreja decidiu alugar a placa quando souberam que o evento seria reeditado na cidade. Em 2021 foi a primeira vez que a cidade realizou um evento de “parada gay”.
Há um ano, o pastor Langdon disse que a igreja foi ao evento com faixas e placas com versículos das Escrituras, além de folhetos evangelísticos para “ficar contra o movimento”.
Com parada deste ano tendo sido agendada para o sábado passado, a congregação alugou a fachada do Old Theatre e colocou as palavras de Atos 16:31 em uma metade e Provérbios 11:2 na outra na versão King James.
Provérbios 11:2 diz: “Quando vem a soberba, vem a vergonha, mas com os humildes está a sabedoria”.
A mensagem atraiu fortes críticas dos apoiadores da festa LGBT, com muitos militantes enviando mensagens às páginas do cinema no Facebook e no Google para expressar sua desaprovação, incluindo a publicação de mensagens difamatórias, segundo o pastor.
Langdon disse que não era a intenção da igreja causar polêmica para o cinema: “Acho que sabia que haveria pessoas no movimento do orgulho que ficariam chateadas com isso, antecipando que não ficariam felizes com os versos, mas me sinto mal que esse negócio esteja sendo intencionalmente [manchado]”, disse ele.
“É triste ver em nossa cultura essa rapidez em cancelar pessoas com as quais você não concorda, e é o que parece estar acontecendo neste caso”, acrescentou o pastor, triste por ver que o cinema se tornou alvo da fúria da militância LGBT.
Nicole Lintemuth, líder da militância LGBT na cidade, afirmou que a festa organizada por seu grupo tem a intenção de “celebrar a diversidade da cultura LGBTQIA+ e criar uma comunidade segura e inclusiva”, e que ficou “decepcionada, mas não surpresa” com o anúncio feito pela igreja.
“O oeste de Michigan é uma área bastante conservadora. Para muitos de nós, crescemos ouvindo ‘odeie o pecado, não o pecador’ foi a declaração menos cruel de pessoas de fé. Muitos de nós ouvimos repetidamente que somos maus, uma abominação, algo que precisa ser destruído. Essa linguagem é prejudicial e tóxica, e o trauma religioso é real para muitos em nossa comunidade”, acusou a líder LGBT.