O então Coordenador Estadual de Educação do PRB do Rio de Janeiro, Nélio Georgini, foi nomeado por Crivella para comandar a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) do Rio de Janeiro. Especialista em Empreendedorismo e Gestão de Novos Negócios pela FGV-Rio, com estudos sobre a relação entre entes públicos e privados, Georgine frequenta a igreja presbiteriana e possui relacionamento estável com o bancário Ronie Adams.
Não é a primeira vez que Georgini, homossexual assumido, comanda uma pauta de importância vinculada ao seu partido no Rio. Anteriormente ele chefiava a Coordenadoria Estadual de Educação do PRB, um dos motivos pelos quais defende o partido contra acusações de ser “homofóbico”; “Tanto não é que estou lá há cinco anos”, disse ele em publicação no jornal O Dia.
“Estou sofrendo críticas por causa desse binômio construído, “gay evangélico”.”
Ainda segundo a matéria do jornal, Nélio Georgini que também é formado em Letras pela UFRJ, pareceu estar empolgado com a nomeação e fez elogio: “Estou conhecendo minha equipe. São pessoas fofas. Adorei o convite que tanto preenche meu cérebro, quanto meu coração”.
Em outra matéria, dessa vez publicada no jornal O Globo, Georgini concede entrevista para falar sobre o seu novo cargo e quando perguntado sobre a definição de “gay evangélico”, responde que não há incompatibilidade, chamando de “simplista” essa correlação, como segue:
“É verdade, sou gay e acredito em Jesus Cristo. Não são incompatibilidades. Mas há uma supervalorização simplista, as pessoas têm direito também a um time de futebol, a uma escola de samba. (…) Estou sofrendo críticas por causa desse binômio construído, “gay evangélico”. Que bom que consigo ser as duas coisas. Para muitas pessoas é difícil entender, mas é possível ser tudo isso e muito mais.”
Conforme sua declaração, ao que parece, Georgini compara a fé cristã a preferência por times de futebol e escolas de samba. Isto é; como se acreditar em Jesus Cristo fosse igual a torcer por algo da sua escolha, sem qualquer distinção essencial. Talvez sua compreensão particular de “fé” se defina muito bem na seguinte frase: “…é possível ser tudo isso e muito mais”.
Georgini também foi colega de sala do Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro, na ocasião de sua especialização em empreendedorismo pela FGV. Associado a postura marcante do pai, Jair Bolsonaro, Georgini afirmou que teve uma convivência harmoniosa com Bolsonaro filho. “O fato de conversar com alguém visto como oponente do movimento LGBT causa grande furor. Para mim, não há furor algum. A convivência foi harmoniosa.”, declarou ao O Globo.