A ONU admitiu em um relatório recente que a influência do grupo terrorista Estado Islâmico está se disseminando por toda a África por meios de grupos afiliados, que se submetem aos objetivos e adotam os métodos da organização extremista.
De acordo com Todd Nettleton, da entidade Voz dos Mártires, “há cerca de 800 mil pessoas deslocadas no norte de Moçambique por estes ataques e por esta tentativa de ali construir um califado”.
Onde quer que esses grupos afiliados vão, os cristãos e outras minorias religiosas sofrem:
“Quando esta afiliada do Estado Islâmico chega a uma aldeia, muitas vezes eles se identificam, [e logo questionam] ‘quem são os cristãos?’. Eles pedem para recitar o credo islâmico para se tornar um muçulmano na hora. E, em alguns casos, estão decapitando pessoas que se recusam a se tornar muçulmanas, que permanecem em sua fé cristã e se recusam a denunciar Cristo”.
Mesmo que não sejam executados, os cristãos muitas vezes têm suas casas incendiadas ou são forçados a fugir. “O Estado Islâmico é uma organização sunita radical, e sua interpretação do Alcorão é que alguém que nasceu em uma família muçulmana é um muçulmano, e eles são obrigados a permanecer muçulmanos a vida toda”, diz Todd.
“Se alguém com essa formação encontrasse Jesus… aos olhos do Estado Islâmico, essa pessoa se torna um apóstata”, acrescenta o representante da entidade de monitoramento da perseguição religiosa. No islamismo, pessoas acusadas de apostasia recebem uma oportunidade de retornar à crença muçulmana, e se não fizerem isso, são executados.
As sociedades africanas têm lidado com o dilema de como agir para impedir a propagação de um movimento tão devastador e letal. Políticos, economistas e ativistas têm suas próprias respostas, mas a Bíblia também, diz Todd:
“Precisamos compartilhar o Evangelho. Precisamos contar a mensagem de Jesus, para [ajudá-los] a entender a salvação somente por meio de Cristo para entender a ideia de amar nosso próximo e querer o melhor para nosso próximo, e isso é uma oposição direta ao que o Estado Islâmico está ensinando, e o que eles estão colocando em ação nos lugares onde eles têm influência”, acrescenta.
De acordo com o portal Mission Network News, a equipe da Missão Voz dos Mártires tem encorajado os cristãos nos locais onde há perseguição a reagirem com amor diante dos casos de violência, uma vez que as demais pessoas notam essa postura e tendem a se interessar para saber mais sobre o Evangelho.
“A Voz dos Mártires e seus parceiros de campo estão vendo uma nova abertura ao Evangelho através do rádio. Ore para que as vozes da misericórdia abafem os gritos de guerra e os apelos à violência”, pediu o jornalista cristão Alex Anhalt em seu artigo para o MNN.