As eleições presidenciais de 2018 ainda estão distantes no calendário e podem se transformar em grandes surpresas, dado o atual cenário político no Brasil, em que todos os principais nomes postulantes ao cargo estão envolvidos em algum escândalo de corrupção. A primeira surpresa já surgiu: Malafaia disse acreditar que João Doria (PSDB) seria um bom mandatário.
Essa surpresa se explica: o pastor Silas Malafaia vinha tecendo comentários elogiosos ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), enaltecendo a completa ausência de acusações de corrupção contra o político. E do outro lado, Bolsonaro já havia começado articular o apoio do pastor para sua candidatura.
Em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Malafaia disse ver com bons olhos uma eventual candidatura do prefeito paulistano ao Planalto, mesmo que Doria já tenha dito reiteradas vezes que foi eleito para “prefeitar” a maior cidade do país.
“Se não descambar, Doria ia fazer um bem danado para o Brasil. Desconfio que ele será um ótimo presidente”, afirmou Malafaia, apostando que se for candidato, o prefeito tem reais chances de ser eleito, já que seu estilo de governo – ou gestão, como Doria prefere dizer – tem chamado atenção de todo o país.
A admiração de Malafaia por Doria é recente, mas enfática: em fevereiro o pastor usou o Twitter para explicitar isso: “Doria é um camarada inteligentíssimo, espero que ele não decepcione, tem tudo para, no futuro, alçar voos maiores”, escreveu à época no microblog.
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Sobre a eventual candidatura de Bolsonaro, Malafaia acredita que falta maturidade ao deputado: “Bolsonaro tem a favor a integridade, mas creio que há um caminho a seguir até se estruturar para ser um estadista”, pontuou.
As ligações entre Malafaia e Bolsonaro vão além da simpatia que ambos nutrem um pelo outro: em 2013, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) celebrou o terceiro casamento do deputado com uma fiel de sua denominação, Michelle.
2018
A Folha noticiou ainda que, com o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin implicados, de formas diferentes, na Lava-Jato, há lideranças do PSDB que começam a olhar com simpatia para a possibilidade de lançar Doria candidato à presidência.
O jornal afirma que há “correntes que defendem a candidatura do prefeito de São Paulo ao Palácio do Planalto em 2018” por uma razão simples e objetiva: “Dizem que não se trata mais de afinidade, mas de escolher entre a chance de vitória e a certeza de uma derrota”, frisou a Folha.