O coordenador do AfroReggae, José Junior, apontado pelos aliados do pastor Marcos Pereira como seu principal desafeto, e autor de denúncias contra o líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), concedeu uma entrevista falando sobre as questões inerentes ao caso.
Junior disse ao Christian Post que sua postura contra Marcos Pereira “não se trata de uma ‘guerra contra os evangélicos’”, mas sim uma questão de atitude correta.
Questionado a respeito do motivo do rompimento entre ele e Marcos Pereira, José Junior foi taxativo ao afirmar que aconteceu devido aos envolvimentos do pastor com crimes e da confissão de que tinha transado com Zeneide, esposa do pastor Rogério Menezes.
“Nós não trabalhávamos juntos, considero até mais do que isso. Virei um divulgador assíduo e voluntário daquilo que eu considerava uma obra do bem. Dei diversas entrevistas falando do trabalho dele e apresentei para algumas pessoas. Quando soube que o [pastor] Rogério havia saído da igreja porque a sua mulher havia sido estuprada, [ele] também me revelou outros problemas como exploração da parte dele com os traficantes, homicídios e etc. No dia seguinte procurei o Marcos Pereira e o mesmo me disse que o Rogério havia traído a confiança dele, e que era X9. Me confessou que havia transado com a Zeneide (esposa do Rogério) inclusive utilizando palavras de baixo calão. Falou detalhes sórdidos sobre como fez. Nem tive coragem de contar o restante pra ele (Rogério)”, afirmou Junior.
De acordo com José Junior, a rivalidade começou quando o AfroReggae deu emprego ao pastor Rogério Menezes, ex braço direito de Marcos Pereira: “Depois disso quando ele soube que dei emprego pro Rogério, sem eu saber, ele me nomeou seu inimigo. Em diversas favelas recebi recados que deveria tomar cuidado porque ele havia espalhado que eu era informante da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Falar isso na favela de alguém é estimular pra que essa pessoa seja assassinada. Ele também influenciou alguns criminosos a achar que o Rogério era informante da polícia”, argumentou Junior.
Sobre as declarações em vídeo de uma fiel identificada como Elisangela, que desmentiu suas acusações de estupro contra o pastor Marcos Pereira, Junior afirmou que a versão da própria mulher em depoimento durante as investigações são acompanhadas de evidências.
“Existem provas entregues ao Ministério Público que comprovam que ela nos procurou e foi depor de livre e espontânea vontade. Sobre os demais também temos gravações. Vale ressaltar que todos os vídeos colocados por eles estão editados e só utilizaram a parte que eles tinham interesse. Vale a pena eles colocarem os vídeos na integra. Isso dá credibilidade e transparência”, frisa Junior.
O coordenador do AfroReggae afirma ainda que os depoimentos dados pela família de Márcio Nascimento à Polícia foram feitos com testemunhas e sem imposição, e insinua que os desmentidos estariam acontecendo por medo de represálias.
Supostamente, a esposa e a filha (que era menor de idade) de Márcio teriam sido estupradas pelo pastor da ADUD. Entretanto, a família gravou depoimento para o canal da denominação no Youtube, desmentindo que isso tivesse ocorrido.
“Vale a pena você ler o depoimento do filho dessa família. Se puderem levantar quem ligou pra quem vai ver que o senhor citado acima foi quem nos procurou. Rogério teve a sua esposa estuprada e foi enganado pelo homem que ele daria a sua própria vida. Gaúcho também tem seus motivos já que foram arquitetados planos pra assassiná-lo. Temos depoimentos de pessoas que estavam envolvidas nessa conspiração para matá-lo. Esses depoimentos também estão com o Ministério Público. Vale ressaltar que todo o acervo que temos foi entregue na íntegra sem nenhuma edição ou corte. Se por ventura esses depoimentos se tornarem públicos não será por nós já que entendemos as motivações do Rogério e do Gaúcho e das pessoas que estão com medo e mudando seus depoimentos”
José Junior encerrou suas declarações dizendo que “o povo cristão não merece um indivíduo que se autodenomina pastor e inventa regras pesadas para os fiéis e uma libertinagem para si e outros poucos privilegiados”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+