A última audiência de instrução sobre o caso Lucas Terra está marcada para a próxima quinta-feira (25), às 15h. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público, poderá haver uma acareação para apurar a verdade dos depoimentos confrontando-se os pontos divergentes.
A acareação vem sendo reivindicada pelo Ministério Público estadual, entre o pastor Silvio Galiza, o bispo Fernando Aparecido da Silva e o pastor Joel Miranda, na 2ª Vara do Júri. Segundo o promotor de Justiça David Gallo, responsável pelo caso, a realização da acareação, contestada pela defesa, faz-se necessária porque houve contradição entre os depoimentos dos representantes da Igreja Universal do Reino de Deus.
Caso Lucas Terra
O Caso Lucas Terra diz respeito a um rapaz de 14 anos de nome Lucas Terra, vindo do Rio de Janeiro, que fora violentado sexualmente e depois queimado vivo supostamente com participação de um pastor, um bispo, um obreiro e um segurança da Igreja Universal do Reino de Deus em Salvador, Bahia. O crime ocorreu em 21 de março de 2001. O corpo fora carbonizado para esconder as marcas de abuso sexual praticadas. O garoto em questão era membro muito participativo dentro da igreja. O obreiro acusado, Sílvio Galiza, era muito próximo a Lucas Terra, chegando a dormir na mesma cama do garoto, numa suposta relação pedófila. Sílvio Galiza foi condenado a 23 anos de prisão, depois reduzido para 18 e depois para 15 anos e hoje cumpre pena, depois de intenso protesto do pai do garoto. Mas a promotoria tem a convicção da participação de outros membros da igreja. São acusados, um bispo e um pastor com suposto envolvimento numa relação homossexual entre ambos, segundo depoimento de Galiza. Chegou-se a cogitar a ligação do crime com práticas em magia negra, mas nada até agora foi provado.
O caso ganhou mais repercussão quando exibido no programa Linha Direta. O pai de Lucas, Carlos Terra, lançou um livro: Lucas Terra: Traído pela Obediência, sem no entanto conseguir uma editora para a publicação, então ele mesmo arcou com os custos e publicou. A igreja foi condenada pela Justiça a indenizar os pais do garoto, Marion e Carlos Terra.
Fonte: Correio da Bahia / Gospel+
Via: Notícias Cristãs