Muitos cristãos na Nigéria têm passado por momentos de horrores devido à intolerância religiosa. Grande parte disso por causa de um grupo ético chamado Fulani, o qual vem protagonizando episódios de pavor contra a igreja cristã.
Em 19 de julho, na cidade de Kagoro, no estado de Kaduna, ocorreram 38 mortes em cinco ataques sucessivos. Tudo em apenas uma semana. Os radicais não pouparam nem mesmo crianças das famílias, que também foram alvo das agressões.
“Estamos em sérias tensões agora, mas oramos por nossa segurança e para que a graça de Deus nos sustente”, disse um seminarista que estuda próximo ao local, onde duas pessoas foram mortas.
Os ataques da etnia Fulani na Nigéria já são considerados um “surto” da região, de tão frequentes que são. Os radicais praticam abusos dos mais diversos tipos, desde a expulsão de terras ao assassinato e ameaças constantes aos seguidores de Jesus.
Durante uma festa de casamento, no dia 19 de julho, na Vila de Kukum Daji, em Kaura, 32 cristãos foram mortos em apenas 24 horas, em dois ataques consecutivos. “É como se a vida dos cristãos não importasse mais nas áreas sob ataque”, disse um dos líderes religiosos.
A Nigéria, segundo a Portas Abertas, está em 12° lugar na lista mundial de perseguição religiosa. A perseguição que os cristãos sofrem são uma combinação de “opressão islâmica, antagonismo étnico, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado”, diz a entidade.
Os cristãos que deixaram o islamismo sofrem pressão das suas famílias para renunciar a fé em Cristo, além das ameaças dos radicais, segundo informações da Barnabas Fund.
Uma viúva nigeriana disse: “Eu acredito que se eu me comprometer e submeter a Deus, ele me ajudará em tudo o que eu faço.” Essa é a esperança da comunidade cristã, a certeza de que o Senhor não os abandona.
Em 2019 foi estimado que cerca de 260 milhões de cristãos já foram perseguidos em todo o mundo e só a Nigéria contabilizou 1.350 mortos, colocando o país no topo com o maior número de mortes.