A preocupação com a liberdade religiosa dentro e fora do Brasil tem alimentado o debate entre líderes das mais diversas vertentes, como o pastor Altair Germano, considerado um dos principais expoentes da Igreja Assembleia de Deus. Em uma publicação recente, por exemplo, ele apontou como essa realidade está atrelada à à esquerda política.
Citando trecho de uma obra do filósofo conservador Roger Scruton, onde o mesmo disserta sobre “tolos, fraudes e militantes pensadores da nova esquerda”, o líder religioso iniciou seu texto mostrando como o livre debate de ideias tem sido substituído pela imposição do autoritarismo.
Nas palavras de Scruton em referência à nova esquerda, “tal pessoa não busca negociar com as estruturas existentes, mas sim ganhar o poder total, a fim de abolir as próprias estruturas. Ela será contra todas as formas de mediação, compromisso e debate, e contra as normas legais e morais que dão voz ao dissidente e soberania ao cidadão comum.”
Para Germano, com governos de esquerda no poder, o ressentimento provocado pela oposição da Igreja às suas pautas fará com que os cristãos acabem sofrendo em “mãos totalitárias”, a fim de que a verdadeira cosmovisão cristã, bíblica, seja suprimida e eliminada do debate público.
Teólogos liberais
O pastor Altair Germano ressalta que parte desse processo se dará com o apoio dos teólogos liberais, já que eles abrem mão dos pilares da fé, substituindo-os por causas ideológicas que distorcem o ensino bíblico, tudo em nome de uma “religião comum” e super “inclusiva”.
“Neste processo totalitário e globalizante que caminha para a imposição apocalíptica de uma única religião mundial pluralista”, diz Germano, “as teologias liberais e progressistas dão a sua colaboração, fomentando com os seus argumentos religiosos a falsa ideia de que todas as formas de opressão é um problema de ordem estrutural capitalista, e não consequência direta do pecado.”
“A evangelização, nessas teologias, dá lugar às novas formas de lutas de classes (ou de grupos, raças etc.) e de revoluções pós-marxistas e gramscistas (Guerra Cultural, doutrinação nas escolas e faculdades etc.), onde a Bíblia precisa ser ‘reescrita’ ou ‘reinterpretada'”, completa o pastor.
Em outra ocasião, Altair Germano já havia listado sete características normalmente apresentadas pelos teólogos defensores da esquerda totalitária, sendo elas:
“1. O ecumenismo
2. A teologia da libertação
3. A teologia da missão integral
4. A teologia feminista
5. A teologia inclusiva (ou LGBT+)
6. A teologia negra
7. A ideologia socialista (marxista e pós-marxista)”
Em sua postagem mais recente, o líder assembleiano conclui fazendo um apelo à Igreja, dizendo que os líderes precisam se levantar para promover a conscientização dos cristãos quanto aos desafios dos novos tempos, especialmente no tocante ao avanço das mãos totalitárias dos governos de esquerda.
“É tempo de pastores e líderes promoverem a discussão e a exposição ampla dos fatos aqui expostos, e em todas as instâncias possíveis”, diz o pastor. Veja também:
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