O pastor iraniano Saeed Abedini, preso desde janeiro na prisão Evin, no Irã, saiu da solitária no fim na última semana. O pastor, que foi condenado por um tribunal a oito anos de prisão por evangelizar no país, teria ficado 20 dias na solitária, onde passou, inclusive, seu aniversário. No dia 7 de maio o pastor completou 33 anos de vida, e a passagem da data na prisão foi classificada pelo Centro Americana de Lei e Justiça (ACLJ – na sigla em inglês) como “o pior aniversário que se possa imaginar”.
Sua esposa, Naghmeh, afirmou ao Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ), que está aliviada, mas ressaltou que permanece preocupada com o estado de saúde do marido, que estaria sofrendo espancamentos na prisão, como forma de tortura para que negue sua fé em Jesus Cristo.
– Sua soltura da solitária é resultado de muitas preces. Estou aliviada de ver meu marido fora da solitária, mas ainda estou profundamente preocupada com a saúde de Saeed. Enquanto isso é uma pequena vitória, ainda procuro que a justiça seja feita para que Saeed seja solto – declarou Naghmeh.
De acordo com o ACLJ, Abedini foi colocado na solitária porque, junto com outros prisioneiros, teria assinado uma carta relatando sua insatisfação com relação ao atendimento médico recebido na prisão.
Porém, a entidade, que representa sua esposa e seus filhos, declarou acreditar que a saída de Abedini da solitária é resultado de intensas orações, de uma petição assinada por mais de 560 mil pessoas em todo o mundo e de pressão por parte do governo dos Estados Unidos, da Organização das Nações Unidas e da União Europeia, segundo o The Christian Post.
– O desenvolvimento do caso é crítico, mas [sair da solitária] aumenta nossas esperanças após uma semana tão desencorajante. Acreditamos que o pastor Saeed tenha ficado 20 dias ou mais na solitária – relatou o ACLJ.
– Temos a esperança de que o retorno para a prisão normal do pastor Saeed é um sinal que a pressão internacional está começando a surtir efeito – completou a entidade.
Informações de um ex-prisioneiro de Evin, segundo o ACLJ apontam que o confinamento do pastor não está relacionado com seu envolvimento na resistência contra o sistema de Evin ou não, mas sim com sua fé.
– Eles puseram Saeed no confinamento solitário para colocar pressão em sua crença. Isso mostra que Saeed ficou forte por sua fé – afirma o ex-prisioneiro.
Por Dan Martins, para o Gospel+