A perseguição religiosa aos cristãos que vivem no Sudão, país localizado no Norte da África, chama atenção pela aparente cumplicidade das autoridades policiais, que ao invés de proteger os cidadãos, terminam contribuindo para que a intolerância religiosa contra grupos minoritários prevaleça.
Foi o que aconteceu com um grupo de 13 cristãos preso injustamente e sem qualquer motivo alegado. Eles moravam juntos, dividindo uma casa na cidade de Nyala, no sudoeste de Darfur, segundo informações da organização World Watch Monitor. Todos do grupo já foram libertos, mas antes foram espancados dentro do presídio, informou a entidade.
Ocupando o quarto lugar na lista mundial de perseguição religiosa divulgada pela organização Portas Abertas, o Sudão possui um histórico triste de perseguição aos cristãos, reforçando a desconfiança de que este foi mais um episódio de intolerância contra a liberdade religiosa no país.
No ano passado o pastor Michael Yat, líder da Igreja Presbiteriana do Sudão, afirmou que o país “declarou guerra aos cristãos“. Ele foi preso após assumir a igreja, ficando nove meses na prisão.
“Pouco sabia eu que o Sudão tinha declarado uma guerra contra os cristãos”, disse ele na época, segundo informações da International Christian Concern. Yat explicou que o receio do Governo sudanês é que os cristãos que falam árabe “possam facilmente chegar aos muçulmanos e conquistá-los para Cristo”.
Os episódios recorrentes de perseguição religiosa, portanto, seriam uma tentativa sistêmica de barrar o avanço do cristianismo, promovendo intimidação nos líderes e principalmente em toda a comunidade cristã.
No início desse ano um ataque ocorrido no Sudão do Sul resultou na morte de 10 pessoas. O alvo foi uma faculdade Construída em 2001 pela organização Portas Abertas, junto com a Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão, a Faculdade Cristã Emanuel.
JP Pretorius, diretor regional da Portas Abertas na África, destacou na época que a faculdade é conhecida internacionalmente por expandir a cosmovisão cristã através do Evangelho de Cristo, exemplificando como os cristãos do país sofrem por amor ao Reino de Deus.