Com doutorado em engenharia computacional, mas agora pastor, Hormoz Shariat sabe exatamente o que significa viver como um cristão fiel ao Evangelho em seu país nativo, o Irã, pois ele mesmo já foi um perseguidor dos irmãos que, agora, defende e ajuda a semear vida através do Reino de Deus.
Hormoz Shariat entregou sua vida a Jesus ainda jovem, após se mudar para os Estados Unidos e ter visto o irmão ser assassinado por fazer uma crítica ao regime islâmico do seu país, na época.
Após isso, Shariat abandonou o islamismo e estabeleceu um relacionamento genuíno com Jesus, tornando-se o fundador do Iran Alive Ministries, uma organização missionária evangelística mantém transmissões cristãs de rádio e TV no Irã e em outros países do Oriente Médio, fechados para a liberdade religiosa.
“Tantas pessoas me perguntaram o que está acontecendo lá. É um despertar, uma transformação. E é principalmente por meio dos jovens. Os jovens no Irã estão livres do espírito do Islã. É um espírito, um espírito escravizador”, disse ele à Daystar Network.
“Os muçulmanos não podem pensar ou questionar o Islã. [Mas] a nova geração no Irã está farta do Islã. Eles têm essa mente aberta. Eles estão olhando. Eles estão ouvindo e estão se comparando, e é por isso que muitos deles estão vindo a Cristo”, destacou o pastor.
Números confirmam
De fato, segundo informações da organização Portas Abertas, atualmente já existem mais de 1,2 milhão de cristãos vivendo no Irã, um número muito significativo devido ao difícil contexto político-religioso no país.
O Irã ocupa a 8ª posição na lista mundial dos países que mais perseguem cristãos no mundo, segundo a Portas Abertas, e lá vigoram uma série de restrições, como a não pregação da Bíblia ou conversão.
Caso alguma mensagem contra Maomé, por exemplo, seja interpretada como ofensa e blasfêmia, seu autor pode ser condenado à morte. O mesmo envolve críticas contra o Alcorão, livro considerado sagrado pelos muçulmanos.
Apesar dos desafios, o cristianismo continua crescendo na ditadura islâmica do Irã. Lela Gilbert, que atua no Conselho de Pesquisa da Família de um grupo internacional de promoção da liberdade religiosa, disse que os cristãos locais estão se adaptando e desenvolvendo meios de burlar os abusos do regime.
“Em minhas pesquisas e entrevistas, ficou claro que o testemunho de novos cristãos para os outros é compartilhado principalmente em conversas tranquilas, incentivadas por estudos bíblicos on-line discretos e afirmadas por visões, sonhos e orações milagrosamente respondidas “, disse ela.
“Seu testemunho discreto, mas persistente, explica o número extraordinário de novos crentes iranianos, que se encontram em igrejas domésticas”, conclui, segundo a Charisma News.