Pregar o evangelho envolve diversos desafios, sendo a maioria de caráter religioso. Mas, também existem os de natureza político-ideológica, onde a crença é misturada com a visão de governo em algumas regiões do mundo, como na Índia, onde há um movimento que tenta banir os cristãos do país.
Esse movimento cultiva a ideia de uma nação “pura”, o que significaria a rejeição a tudo que o que seus adeptos consideram como elementos estranhos ao seu povo, a exemplo de costumes e religiões, incluindo o cristianismo.
Por trás disso está o partido Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS). Seu fundador, Rakesh Sinha, prega abertamente a intolerância aos cristãos, atraindo o apoio dos radicais ultranacionalistas.
“É hora de lançar uma campanha para se livrar dos missionários cristãos do país”, disse Sinha ao jornal Dainik Jagaran, conforme notícia do GospelMais. “Os missionários cristãos nos últimos 300 anos trabalharam para destruir a cultura dos povos indígenas”.
Violência extrema
O discurso promovido pelo RSS não se resume à teoria. Os membros do partido também pregam a violência extrema, incluindo a morte dos “impuros”. Isso foi revelado por um ex-membro da facção, em uma entrevista para a emissora cristã CBN News.
“Como eu era hindu e fazia parte do RSS, tornei-me um fiel seguidor dos seus princípios hindus e, por causa disso, matar cristãos e pastores tornou-se o meu objetivo. Eles nos disseram que o cristianismo não pertence ao nosso país porque eles estão convertendo pessoas, portanto, temos que atacar os pastores e demolir as suas igrejas para que o nosso país continue a ser um país hindu”, contou o jovem.
Por causa do extremismo hindu, a Índia ocupa atualmente a 11° posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas, o que significa que ser um cristão nesse país, de fato, implica em arriscar a própria vida. Saiba mais:
Igreja foi destruída e pastor e esposa brutalmente espancados por radicais hindus