O apoio ao projeto de lei apelidado de Estatuto da Família custou ao ex-deputado federal Walter Brito Neto (PB) a pretendida filiação ao partido fundado por Marina Silva, o Rede Sustentabilidade.
A Executiva Estadual da Rede na Paraíba rejeitou a ficha de filiação de Neto por considerar que a postura do ex-deputado em relação à homossexualidade é radical e desalinhada com as bandeiras do partido.
Segundo informações do jornalista Suetoni Souto Maior, do Jornal da Paraíba, o coordenador de Organização da Rede, Fernando Júnior, criticou as posições de Walter Neto e afirmou que o político tem um histórico de confronto com as minorias.
Para Júnior, a questão da cassação do mandato anterior de Neto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por infidelidade partidária, também pesou na decisão de recusa.
Inconformado, o parlamentar, que é evangélico, disse que buscará as instâncias nacionais da legenda, e disse que não acredita que Marina Silva, idealizadora da Rede, pense da mesma forma que o diretório estadual, uma vez que é evangélica.
“A Rede não pode ser um partido apenas das minorias, porque a maioria do povo brasileiro está sofrendo e precisa de esperança!”, escreveu Neto nas redes sociais.
No entanto, a Rede Sustentabilidade já havia se posicionado contra o projeto de lei do deputado Anderson Freire (PRB-PE), por entender que o reconhecimento apenas das uniões entre homem e mulher “é um retrocesso”.
O trâmite do Estatuto da Família na Câmara dos Deputados passa por uma Comissão Especial, onde já foi aprovado, e agora aguarda votação em plenário para, se aprovado, ser encaminhado para o Senado. Recebendo aprovação também na chamada Câmara Alta, o projeto precisa da sanção presidencial para entrar em vigor.