A reabertura do processo de cassação do registro profissional da psicóloga Marisa Lobo recebeu destaque da jornalista Rachel Sheherazade na última quarta-feira, 13 de maio.
Em seu espaço opinativo na rádio Jovem Pan, a jornalista criticou a postura “preconceituosa” do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), que mesmo após decisão da Justiça Federal e um parecer da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desqualificando o processo, recorreu ao Supremo Tribunal Federal e reabriu o caso.
Fazendo uma recapitulação sobre o caso, Sheherazade lembrou que Marisa Lobo foi pressionada a retirar as menções à sua fé cristã das redes sociais, e recentemente, voltou a ser perturbada pelo CRP.
“O Conselho havia notificado a psicóloga, e estabelecido prazo de 15 dias para que retirasse qualquer menção ao cristianismo de suas redes sociais. A psicóloga se negou, e o Conselho de Psicologia, eivado de preconceito e arbitrariedade, decidiu processá-la. Seria um caso de cristofobia? Pois, estranhamente, o órgão não processou outros profissionais que se denominam budistas, xamanistas, judaicos, umbandistas, e até parapsicólogos… Não estariam eles incorrendo nas mesmas ‘transgressões’?”, questionou Sheherazade.
Sobre os posicionamentos da psicóloga e colunista do Gospel+ a respeito do atendimento profissional para homossexuais em conflito, Rachel Sheherazade destacou que ela não é a única que tem opinião contrária à resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
“Para Marisa, a reabertura do caso não passa de retaliação, depois que ela participou de uma audiência na Comissão de Direitos Humanos para ouvir o depoimento de ex gays. Como outros psicólogos, ela também defende o direito dos pacientes recorrerem à ajuda profissional para resolver conflitos de orientação sexual, o que foi vedado pelo Código de Ética. Estranho o Conselho de Psicologia proibir pessoas de procurar ajuda profissional para reverter sua orientação sexual, mas não questionar o direito dos gays de mudar de sexo por meio de cirurgias, bancadas pelo SUS. Então, o cidadão tem liberdade para ser gay, mas não pode querer deixar de ser? É isso, ou estou enganada?”, voltou a questionar a jornalista.
Em sua conclusão, Sheherazade lembrou que os integrantes do CFP devem prestar atenção às leis que regem o país e que estão acima de regulamentos internos e posturas ideológicas: “Todos sabemos que conselhos não são peritos em legislação, por isso, não custa lembrar aos ilustres membros do C.F.P., alguns incisos do artigo 5º, aquele que trata dos direitos fundamentais do cidadão: ‘É livre a manifestação do pensamento; é inviolável a liberdade de consciência e de crença; e ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa’. Nenhum código de ética profissional, senhores psicólogos, pode estar acima da Lei Maior”.
Ouça:
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