Um grupo que se reuniu na Praça dos Três Poderes e montou um acampamento foi repelido por forças policiais através do uso de spray de pimenta. Um dos policiais fez uso do material enquanto os manifestantes faziam a oração do “Pai Nosso”.
Um dos vídeos que circula nas redes sociais mostra um policial militar do Distrito Federal direcionando o spray de pimenta contra o rosto dos manifestantes. O gás lacrimogêneo composto químico que irrita os olhos e causa lacrimejo, dor e em alguns casos, cegueira temporária.
“Toda vez que um policial morre, a gente que defende. Agora o cara chega aqui com spray de pimenta, e olha o que ele faz. Essa é a pessoa que se tomasse tiro na rua, a gente ia defender ele. A gente ia defender ele na rua se ele tomasse tiro de bandido. Dos mesmos bandidos que os políticos defendem. Agora, vem aqui e mete spray na gente”, disse um dos manifestantes, integrante do acampamento chamado de 300 do Brasil.
Ao fundo, outro manifestante dizia que estava mobilizado “em defesa da Pátria”. No instante seguinte, quando o grupo começa a oração do “Pai Nosso”, o policial aproveita o fato de estarem com os rostos descobertos e boca aberta para disparar outro jato do material.
No Twitter, a líder do acampamento, Sara Winter – ex-feminista que no passado integrou o grupo Femen e hoje é militante pró-vida – afirmou que o grupo havia respondido com uma invasão à sede do Poder Legislativo.
“Aconteceu hj com os patriotas acampados em Brasília. Idosos, mulheres, pais de família levando SPRAY DE PIMENTA NA CARA enquanto rezavam. Nosso acampamento foi derrubado na base da facada enquanto a gente dormia. Subimos o tom, e acabamos de invadir o congresso!”, escreveu a manifestante. Como resultado, ela terminou detida pela Polícia Federal.
Aconteceu hj com os patriotas acampados em Brasília. Idosos, mulheres, pais de família levando SPRAY DE PIMENTA NA CARA enquanto rezavam. Nosso acampamento foi derrubado na base da facada enquanto a gente dormia. Subimos o tom, e acabamos de invadir o congresso! pic.twitter.com/dS4mulZ1Q1
— Sara Winter (@_SaraWinter) June 13, 2020
Sara Winter foi presa. Na verdade ela queria ser presa. A moça confunde esquerda com direita, comportando-se equivocadamente tentando assim ser considerada um tipo de mártir. As “armas” da direita em nada deveriam parecer com as armas da esquerda.
— Renato Vargens (@renatovargens) June 15, 2020