A iniciativa de Dilma Rousseff (PT) de criar um comitê evangélico para sua campanha e o episódio das propostas LGBT no programa de governo de Marina Silva estariam levando o bispo Manoel Ferreira, um dos principais líderes da Assembleia de Deus no Brasil, a decidir pelo apoio à candidata à reeleição.
Ferreira é o líder máximo da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, e o apoio dessa ramificação a Dilma já havia sido sinalizado no dia 08 de agosto, quando Dilma esteve presente no “Encontro de Mulheres” da Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo (filial do Ministério de Madureira) a convite do pastor Samuel Ferreira, filho do bispo.
A participação de Dilma no evento foi amplamente comentada nas redes sociais e duramente criticada pelo pastor Silas Malafaia, que na ocasião afirmou que a visita da presidente a uma igreja evangélica era um “atentado à inteligência” dos fiéis.
O bispo Manoel Ferreira teria outro motivo em particular para apoiar Dilma Rousseff: ele é suplente na candidatura de Geraldo Magela (PT) ao Senado pelo Distrito Federal. “Tenho muita dificuldade de votar na Marina no segundo turno”, afirmou o líder assembleiano.
A restrição de Ferreira a Marina Silva, também assembleiana, demonstra que a união dos líderes dessa denominação aconteceu apenas no primeiro turno, em torno da candidatura de Everaldo Pereira (PSC), que é pastor da igreja e tem o apoio de outros líderes, incluindo Malafaia.
O pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) já deixou claro que votará em qualquer candidato que confronte o PT, e insinuou que se Marina mantiver o ritmo de crescimento de popularidade, poderá vencer a eleição ainda no primeiro turno.