Os cristãos perseguidos em todo o mundo clamam por ajuda dentro e fora das suas fronteiras, e ela pode vim de forma mais efetiva através de países como o Brasil e Hungria, que atualmente discutem pautas comuns no campo da fé e no interesse de defender a herança cultural judaico-cristã.
Uma matéria publicada recentemente por um grande portal de conteúdos do país informou que já existe um projeto elaborado pelo governo húngaro entregue nas mãos do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.
“Entreguei uma pilha de projetos ao chanceler Araújo e espero que ele escolha um ou alguns projetos”, disse o chanceler húngaro, Péter Szijjártó, segundo informações do portal Uol.
A iniciativa da Hungria se deve à identificação do país com o atual governo brasileiro na gestão de Jair Bolsonaro, que frequentemente tem expressado o interesse de defender os valores conservadores do cristianismo, inclusive na última reunião das maiores potências do planeta nas Nações Unidas, onde o chefe do Executivo brasileiro discursou.
Segundo Segundo Szijjártó, cerca de 70 mil cristãos perseguidos já foram atendidos pelos programas do governo de Viktor Orbán desde 2016, e boa parte disso também reflete a preocupação do seu país com a imigração ilegal islâmica na Europa, considerada de risco pela Hungria.
“Na Hungria, há um sentimento contra a imigração e pela proteção de cristianismo. A Hungria está na rota da invasão islâmica e precisamos nos proteger. Temos o direito de proteger nossa cultura”, disse Orbán.
O presidente da Hungria já reconhece que o número de imigrantes islâmicos na Europa, especialmente em países como França, Inglaterra e Alemanha, inevitavelmente modificará o cenário cultural da região nos próximos anos.
Com isso, proteger os cristãos perseguidos no Oriente Médio significa evitar o avanço muçulmano nas fronteiras do seu país. O Brasil, portanto, como uma das maiores nações cristãs do mundo e agora tendo a oportunidade de ter um governo alinhado com tais valores, seria então um excelente aliado nessa batalha cultural/religiosa.
“No futuro próximo, teremos países europeus em que a composição demográfica vai mudar rapidamente. A única salvação é se a Europa volta a sua identidade cristãs. Estamos com grandes problemas”, afirmou Orbán.
“Para salvar a Europa, precisamos ajudar os perseguidos lá [no Oriente Médio]. Em troca, vamos ganhar de volta o cristianismo”, concluiu o presidente da Hungria.