O financiamento para as atividades terroristas promovidas pelo autodeclarado Estado Islâmico pode vir do tráfico de órgãos, segundo declarações do embaixador do Iraque na Organização das Nações Unidas (ONU).
Mohamed Alhakim afirmou em reunião com o Conselho de Segurança da ONU que o os extremistas fazem tráfico de órgãos para financiar parte de suas ações terroristas.
Segundo o jornal O Globo, o diplomata informou que corpos de pessoas executadas pelo Estado Islâmico foram encontrados recentemente com incisões cirúrgicas e com órgãos faltando.
Alhakim destacou que as informações foram corroboradas por investigações que descobriram a causa da morte de dez médicos iraquianos: sua recusa em participar da barbárie.
“Temos corpos. Venham e examinem. É certo que têm partes faltando”, disse o embaixador durante a reunião.
A ONU mantém um enviado no Iraque, e no seu mais recente relatório, Nikolay Mladenov afirmou que, no mínimo, 790 pessoas foram mortas pelo Estado Islâmico somente em janeiro, e confirmou que a prática de retirada de órgãos das vítimas está se tornando cada vez mais frequente.
A lista de crimes cometidos pelo Estado Islâmico é extensa, e inclui a morte de cristãos e outras minorias religiosas. Dentre as formas usadas pelos terroristas para executar suas vítimas estão as decapitações, imolações e crucificações. Em alguns casos registrados pelas autoridades, os extremistas jogam pessoas de prédios apenas por diversão.
Recentemente, o grupo matou 45 pessoas queimadas vivas em Kirkuk, no Iraque. Antes desse episódio, na Síria, o Estado Islâmico queimou vivo o piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh e filmou o ato bárbaro, divulgando o vídeo em formato de “propaganda”.
A lista de vítimas se acumula, e há poucos dias os terroristas divulgaram outro vídeo, no mesmo formato, com a morte de 21 cristãos coptas egípcios em uma praia da Líbia.