Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é tido como uma das figuras mais polêmicas do país atualmente, e embora achincalhado por boa parte dos formadores de opinião, tem arrebanhado multidões por onde passa, de norte a sul do Brasil, por adotar uma postura conservadora e falar a linguagem popular. A polêmica mais recente em que se envolveu se refere à laicidade do Estado.
Durante uma visita à cidade de Campina Grande (PB), o deputado federal foi recepcionado por muitos admiradores, e enquanto discursava, afirmou que não enxerga o Brasil como sendo um Estado laico por causa da maioria da população, que é cristã.
“Deus acima de tudo. Não tem essa historinha de Estado laico não. O Estado é cristão e a minoria que for contra, que se mude. As minorias têm que se curvar para as maiorias”, afirmou. Assista:
Estado laico
O conceito de Estado laico adotado na Constituição Federal de 1988 prevê que a estrutura de poder no Brasil atue de forma a respeitar e preservar o direito à liberdade de crença e culto, sem adotar nenhuma religião – seja católica, evangélica, espírita, afro-brasileira ou ateísta – como oficial.
No entanto, a maioria da população brasileira é cristã, com a maioria dos cristãos pertencendo à tradição católica e os demais, às diversas denominações evangélicas. Atualmente o país vive um momento de expansão no número de fiéis evangélicos, que já somam, de acordo com o Datafolha, 29% dos habitantes.
+”Estão com medo que Bolsonaro ganhe a eleição em 2018″, diz pastor Silas Malafaia
Tido como o principal nome dos conservadores para as eleições presidenciais de 2018, Bolsonaro estaria articulando para receber apoio do pastor Silas Malafaia na campanha.
A ideia de Bolsonaro é que, com o apoio de Malafaia, consiga angariar os votos dos evangélicos e fazer frente aos candidatos dos grandes partidos, como PSDB, PMDB e PT. De acordo com Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) pretende dar seu apoio a Bolsonaro.
Malafaia, que celebrou o casamento de Bolsonaro com sua atual esposa, Michelle, afirmou em julho do ano passado que o deputado federal não tem manchas em seu currículo: “Estão com medo de Bolsonaro, porque o cara é limpo. Não tem uma acusação de corrupção contra o cara. Querem travar o cara. Eu to começando a acreditar que estão com medo que Bolsonaro ganhe a eleição em 2018. To começando”, afirmou.