Os principais nomes do PMDB do Rio de Janeiro continuam sua batalha em defesa do governo Dilma Rousseff (PT), e as manobras políticas agora envolveram um integrante da bancada evangélica, o apóstolo e deputado federal Ezequiel Teixeira (PMB-RJ), eleito em 2014 na coligação do PMDB.
Para conter o avanço do impeachment, os aliados de Dilma na Câmara dos Deputados querem o retorno do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à liderança da bancada de seu partido.
O jovem parlamentar foi destituído da função após a vitória da chapa alternativa na eleição da Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente. Em seu lugar, foi indicado o evangélico Leonardo Quintão (PMDB-MG), favorável à abertura do processo contra Dilma.
A estratégia do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), para ajudar Dilma a barrar o impeachment passa pelo aumento de deputados na Câmara que sejam seus aliados, e se manifestem a favor do retorno de Picciani à liderança da legenda na Casa.
Para isso, Pezão demitiu a secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, a economista Teresa Cosentino, para empossar o apóstolo Ezequiel Teixeira, deputado federal eleito pela coligação do PMDB em 2014. Como Teixeira terá que se afastar do cargo para assumir a Secretaria no Rio, quem assume é o primeiro suplente da coligação, Átila Alexandre (PMDB-RJ), aliado de Picciani.
“Teresa era o primeiro nome técnico da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos em anos. Ao longo do governo de Sérgio Cabral, com exceção do economista Ricardo Henriques, em 2010, a pasta foi usada para barganha política, ora cedida ao PT, ora ao Solidariedade. Desta vez, não foi diferente”, informou o jornalista Guilherme Amado, de O Globo.
Como Átila Alexandre vai assumir o mandato devido à manobra, Picciani ganha mais um aliado para tentar retornar ao cargo de líder do PMDB e a presidente Dilma ganha mais um voto contrário ao impeachment, quando o plenário votar se abre ou não o processo.