Andrew Brunson, um pastor que por 20 anos manteve uma igreja na Turquia e viveu com sua família todo esse tempo no país, desde 2016 está sendo acusado de conspirar contra o governo turco para derrubar o regime mantido pelo atual Presidente, Tayyip Erdoğan.
Esses são os motivos alegados pelas autoridades turcas. Todavia, devido ao aumento do radicalismo islâmico no país, os advogados de Andrew acreditam que a principal motivação, na verdade, é por intolerância religiosa e perseguição aos cristãos, especialmente os líderes.
“A Turquia assumiu literalmente a posição de que evangelizar é um ato de terrorismo”, disse Heil. “Eles não têm nenhuma evidência específica de que o pastor Brunson tenha cometido algum crime. O fato dele ser cristão, e especificamente pastor cristão, é o que eles estão equiparando ao terrorismo”, disse Cece Heil, assessora sênior de uma organização que luta pela liberdade do pastor.
A tensão sobre o caso do pastor Andrew aumentou esta semana, porque na última segunda-feira (16), durante um novo julgamento do seu caso, o juiz resolveu adiar o resultado do seu veredito para o dia 7 de maio, obrigando o pastor a passar mais dias na prisão. Para piorar, no lugar de enviar o pastor para a prisão onde já estava aguardando o julgamento, ele ordenou a transferência do Andrew para outra cela, conhecida pela superlotação.
“Eu nunca fiz algo contra a Turquia. Eu amo a Turquia. Eu tenho orado pela Turquia há 25 anos. Quero que a verdade seja revelada. Eu não aceito as acusações mencionadas na acusação. Eu nunca estive envolvido em atividades ilegais”, disse e o pastor Andrew ao juiz, segundo informações da CBN News.
Ainda segundo Cece Heil, o advogado do pastor Andrew está convicto de que o governo turco está criando provas falsas para condenar o líder religioso:
“Segundo o Sr. Cem Halavurt (advogado que representa o pastor), a Turquia recorreu a testemunhos falsos de testemunhas secretas, afirmando no recente relatório de interrogatório que ‘esta é uma daquelas operações que todos testemunham em muitas investigações dentro da Turquia em um sistema judicial com dados digitais falsos e declarações dirigidas por testemunhas secretas. Vimos claramente que uma operação semelhante já foi iniciada contra o meu cliente”, disse ela.
O governo dos Estados Unidos, através do Presidente Donald Trump e organizações que trabalham em prol da liberdade religiosa no mundo, fazem pressão na Turquia e também na Organização das Nações Unidas para libertar o pastor:
“O governo dos EUA está profundamente preocupado com este caso. Acreditamos completamente que ele é inocente. Andrew Brunson é inocente. Estamos esperançosos de que o sistema judicial descubra que será libertado em breve”, disse Sam Brownback, Embaixador pela Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos.