O dicionário Michaelis define a inveja como “desgosto, ódio ou pesar por prosperidade ou alegria de outrem; Desejo de possuir ou gozar algum bem que outrem possui ou desfruta”. Com ausência total de nobreza, esse sentimento está presente no coração de muitas pessoas, inclusive cristãos.
Usando essa premissa, o pastor Silas Malafaia publicou artigo dizendo que “a inveja produz pelo menos quatro problemas a quem a alimenta: um coração amargurado, doenças emocionais, estado de ignorância e declínio espiritual”, parafraseando o Salmo 73.
As complicações da inveja não afetam apenas o julgamento, caráter ou sentimentos de quem a alimenta: “A inveja causa perturbações emocionais e doenças orgânicas, porque a pessoa dominada por esse sentimento negativo costuma descarregar uma grande quantidade de adrenalina e cortisona no sangue, engrossando-o, aumentando a atividade do coração e o risco de infarto e derrame. Isto pode resultar em problemas de hipertensão e doenças cardiovasculares”, explicou o pastor.
Segundo Malafaia, além de uma “sobrecarga emocional”, a inveja pode resultar em “transtornos de ansiedade, baixa imunidade e doenças como asma, úlcera péptica, artrite reumatóide e neurodermatites (alterações crônicas da pele)”.
“Todos nós, em algum momento da vida, por admirar alguém ou desejar bênçãos semelhantes, já sentiu uma pontinha de inveja. O problema é quando a inveja faz ninho no coração de alguém e passa a ditar nossa forma de pensar e relacionar-se consigo mesmo e com os outros. A comparação excessiva com o outro costuma levar o invejoso a ter baixa autoestima, amargura, ressentimento e pesar pelo bem alheio. Isso normalmente é expresso quando ele ridiculariza ou fala mal de outrem, denegrindo-lhe a imagem”, observa Silas Malafaia.
No âmbito espiritual, o pastor alerta que a inveja pode resultar num afastamento entre o fiel e Deus: “O autor do Salmo 73 confessa que teve o seu entendimento embrutecido pela raiva e amargura. Isso quase o levou a afastar-se de Deus e à derrota espiritual. Faltou pouco para ele se desviar dos caminhos do Senhor e dar lugar ao mal. Isso só não ocorreu porque Deus o sustentou (v. 23b). Então, ele se reaproximou do Senhor, e foi restaurado à comunhão (v. 28.)”.
Em sua conclusão, Malafaia dá sugestões para vencer o sentimento da inveja: “Valorize os dons e talentos que Deus lhe deu. Seja grato pelo modo como Ele lhe fez e pela missão que lhe confiou. Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do Senhor todo o dia (Provérbios 23.17). Submeta-se a Deus em amor. Obedeça à Sua Palavra. Adore-o não só pelo que Ele lhe dá, mas por quem Ele é: o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o Criador e Salvador da humanidade. Com certeza, Ele não lhe deixará faltar nada se você permanecer fiel a Ele!”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+