A perseguição religiosa aos cristãos que vivem na Índia vem saindo das ruas e assumindo contornos cada vez mais governamentais hindus. Em um caso recente, por exemplo, uma igreja que existia há mais de 10 anos teve o seu templo demolido, e 18 pastores locais presos.
Segundo informações da CBN News, isso aconteceu no distrito de Uttar Pradesh, que possui 0,18% da população cristã. Apesar da Índia possuir 80% da sua população como praticantes do hinduísmo, os 2,3% de cristãos em todo o país representam 26 milhões de pessoas que seguem a Jesus Cristo.
Isso representa um número populacional duas vezes maior que a população inteira da Bolívia (12,08 milhões ) e quase o total populacional da Venezuela (28,2 milhões), por exemplo.
Mesmo assim, radicais hindus da Índia tem encontrado apoio político para perseguir os cristãos, aprovando leis que proíbem a conversão religiosa “forçada”, algo que vem sendo usado como arma ideológica contra os novos convertidos, segundo a CBN News.
“A polícia prendeu até agora 18 pessoas associadas à missão, incluindo o Pastor Durga Prasad Yadav”, disse um funcionário da Igreja Pentecostal de Uttar Pradesh, que é governado pelo Partido Bharatiya Janata.
Preocupação aumenta
Segundo a organização Portas Abertas, o governo da Índia tem sido influenciado por uma ideologia local chamada “Hindutva”. Basicamente, os adeptos desse pensamento acreditam que religiões como o cristianismo e o islamismo devem ser eliminadas do país.
Isso, porque, eles acreditam que a Índia só será “pura” quando toda a população seguir os preceitos do hinduísmo, uma religião milenar que acredita na existência de milhões de deuses, incluindo vacas sagradas, e na reencarnação dos mortos.
“Um número crescente de estados está implementando leis anti-conversão, supostamente para impedir que os hindus sejam convertidos à força a outras religiões, mas na realidade, eles são frequentemente usados como uma desculpa para assediar e intimidar os cristãos que estão apenas fazendo coisas como distribuir ajuda ou ter uma reunião privada da igreja”, diz a Portas Abertas.
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