Uma escola pública no Estado americano do Alabama, nos Estados Unidos, deu uma demonstração fiel do que significa, na prática, a eliminação das liberdades individuais em consequência de um regime laicista. Na ocasião, uma professora foi obrigada a trocar de roupa, simplesmente porque utilizava uma camisa onde estava escrito a frase: “apenas ore”.
A intenção da professora, chamada Chris Burrell, foi muito além de querer manifestar a sua fé, especialmente porque na frase “apenas ore” não há qualquer menção para quem se deve orar. Ela quis, antes de tudo, demonstrar apoio à uma das suas alunas, Aubreigh Nicholas, de apenas 11 anos, fazendo parte de uma campanha entre amigos e familiares que visa arrecadar fundos para o tratamento de um tumor cerebral raro, diagnosticado na criança.
Todavia, mesmo antes de prestar qualquer esclarecimento o seu gesto de empatia para com a batalha de saúde enfrentada por sua aluna foi completamente ignorado pela direção do colégio, que lhe obrigou a trocar de camisa.
A Superintendente das Escolas Públicas do Condado de Mobile, Martha Peek, tentou justificar o acontecimento, afirmando que a direção do colégio apenas seguiu um protocolo. Segundo ela, nenhum dos professores ou alunos podem utilizar peças que reflitam suas crenças pessoais:
“Na parte que mostra a palavra ‘orar’, o diretor disse que você pode colocar um suéter ou algo assim, sabendo que há outras pessoas que se opõem a isso. Temos que estar cientes das crenças de todos e dos pensamentos em uma escola pública”, disse Peek à emissora WALA-TV, segundo informações do Daily Mail.
Isto é, o protocolo da escola, ao que parece, favorece apenas “…pessoas que se opõem a isso”, significando na prática que a única crença permitida, de fato, é o ateísmo, deixando de considerar o direito de expressão dos outros professores e alunos que acreditam no poder da oração.
A professora Burrell, por outro lado, se manifestou em sua rede social e disse estar com o “coração doendo” pelo que aconteceu: “Eu não pensei duas vezes sobre isso. Eu não estava tentando promover uma religião, era apenas uma segunda-feira para eu me sentir bem”, disse ela.
Após saber que a manifestação da professora fazia parte de uma campanha de solidariedade, a Superintendente do colégio tentou se explicar: “Estamos a apoiando totalmente, acho que essa foi apenas uma conexão infeliz, mas ainda assim o diretor teria que exercer seu julgamento”, disse ela.