O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) estaria preparando a publicação de um livro sobre o ativismo gay e suas estratégias de influência social.
O livro, ainda sem título e/ou data de lançamento definidos, seria uma continuação do recém-lançado “Sem Limites”, em que o pastor narra seu mandato à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, quando sofreu forte oposição de militantes do movimento homossexual e de partidos de esquerda.
A informação sobre o novo livro do pastor foi publicada pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo: “Marco Feliciano, um dos pastores na Câmara mais conhecidos por sua atuação obsessiva em relação aos gays, lançou um livro em que dá uma pincelada em sua polêmica passagem pela presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Em ‘Sem limites’, Feliciano repete a peroração que levava em cada culto por onde passava: ele foi perseguido. Sua obsessão terá próximo volume. Feliciano prepara agora um livro em que promete denunciar o que chama de ‘gayzismo’”, publicou Jardim.
Desde à época, Feliciano foi alvo de diversos processos, por variados motivos, e em todos terminou absolvido. Em dois dos casos mais emblemáticos, que era acusado de homofobia e estelionato, ele terminou livre de acusações por unanimidade.
Em uma ação que era acusado de discriminação contra homossexuais por causa de publicações feitas no Twitter em 2011, o pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, pois os ministros entenderam que a lei 7.716/89, que trata dos crimes de preconceito, não aborda a discriminação por orientação sexual.
O pastor também foi acusado de estelionato, pois não havia comparecido a um evento que sua assessoria havia confirmado e pelo qual, havia recebido adiantamento. Feliciano reconheceu que faltou ao evento por conflito de agenda, e afirmou que procurou os organizadores para ressarci-los, mas que sua iniciativa não foi aceita. Novamente, os ministros do STF o absolveram por unanimidade, ressaltando que o pastor não cometeu crime e pontuando que se for necessária alguma penalização a Feliciano, o caso deverá ser discutido na área cível e não na área criminal.