O pastor Silas Malafaia se manifestou a respeito das denúncias feitas contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmando que quer “distância” de qualquer pessoa acusada de corrupção.
Recentemente, a Procuradoria-Geral da República fez uma denúncia contra Temer, acusando-o de corrupção passiva. A investigação foi suspensa por determinação da Câmara dos Deputados, que rejeitou o pedido para que o caso tenha andamento antes do final do atual mandato. Agora, uma nova denúncia está prestes a ser feita por Rodrigo Janot, procurador-geral.
Em entrevista à revista Época, Malafaia admitiu que apoiou os primeiros meses do governo Temer, mas isso se devia ao fato de não haverem denúncias formais contra o presidente, mas que agora, com toda a investigação suspensa, prefere se afastar porque não aprova qualquer indício de corrupção.
“Até a pessoa ser denunciada, eu a encontro publicamente. Depois, ela que responda por seus atos. Não vou me comprometer. Oro pelo Brasil. Não preciso nem vou lá [Palácio do Planalto]. Agora eu quero é distância”, afirmou Silas Malafaia.
Em maio, o pastor já havia dado indícios de que se distanciaria de Michel Temer, dizendo que com as gravações feitas por Joesley Batista, dono da JBS, o presidente tinha se comportado como um “amador” e deveria renunciar ao mandato.
“Como um presidente da República recebe na calada da noite um sujeito investigado até o talo e ainda assente com crimes confessos? Temer não tem condição de continuar. Ele não é nenhum inocente, alguém que começou ontem. Tem que renunciar!”, disse à época.
Ultimamente, Malafaia tem se envolvido em discussões públicas com Jair Bolsonaro (PSC-RJ), de quem é amigo pessoal, mas reprova a candidatura. O pastor já manifestou diversas vezes simpatia pela ideia de que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), seja o candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto em 2018.